12 de ago. de 2010



“Hoje mexi numa caixinha diferente…
Estava lá na famosa segunda prateleira.
Abri. Era uma caixinha cheia de mágoas. Mágoas que eu nem sabia que existia.
De repente meu coração apertou. De repente percebi o quanto durante um tempo eu sofri e carreguei dores sozinha. E eu vi você. Você estava lá no fundo da caixa. Você e seu coração incolor, que me faziam acreditar que eu era a responsável pelas tristezas que meu coração chorava. E vi todas as minhas dores escondidas. Todos os meus choros abafados. Toda minha solidão. Tudo numa caixa que pesava, e machucava minhas mãos. Vi você como nunca tinha visto antes. Alguém que me machucava. Alguém que eu desconhecia.
E te desejei toda minha tristeza…
Na caixa guardei todas as noites que eu não dormi. Todos os dias que você não chegou. Todos os telefonemas que não recebi. A dor de precisar de você. A dor de precisar da sua voz no meu ouvido. A dor de precisar te ver. A dor de chorar de saudade. A dor da culpa. A dor da espera. A dor de acreditar num coração falido. A dor da mentira. A dor de precisar ser forte quando estava mais fraca. Quando você mais me desamou quando eu precisava ser mais amada.
Te desejo cada dor do meu coração. Por cada palavra de amor que eu te disse. Por cada sorriso sincero. Por amar você com a certeza que seria feliz para sempre e infinitamente. Quando achei que a vida não seria nada sem a nossa vida.
Por todos os nossos sonhos em vão.
Sonhos que foram apenas meus.
Acho que te inventei para mim.
Talvez um dia eu me perdoe ou tente amenizar a culpa de ter desejado todo amor que há nessa vida.”




Recebi esse texto por e-mail da minha amiga Kátia, uma alma irmã da minha!!!
Gostei do texto, cabe à algumas memórias bastante antigas!!!

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