23 de ago. de 2013

A BARREIRA INVISÍVEL

Num passado remoto, havia uma civilização que era muito feliz. Viviam numa região de muitos recursos e quase nada lhes faltava.

Certo dia, um homem estava caminhando para fora dos limites da cidade, quando esbarrou em algo. Foi um golpe forte na cabeça e isso o cegou. Voltou para a cidade e contou que havia esbarrado em algo estranho e que esse algo o havia cegado. Um líder religioso disse que poderia ser uma maldição dos deuses, que talvez tivessem colocado uma barreira invisível para que os habitantes daquela sociedade não saíssem da região. Todos ficaram com medo e começaram a evitar o lugar. Com o passar do tempo, as pessoas foram ficando com mais medo e nenhuma mais se atreveu a enfrentar as barreiras invisíveis que haviam cegado o homem.



O tempo foi passando e os homens deixaram de caçar e de colher, pois tinham medo de se defrontarem com as barreiras maléficas ao redor da cidade. Isso foi gerando fome e desespero. Todos estavam famintos, assustados e deprimidos. Perderam sua liberdade e não sabiam como fazer para transpor as muralhas invisíveis, pois ninguém se atrevia a se aproximar delas.

Certo dia, um sábio viajante chegou a cidade. Todos ficaram assustadíssimos com a presença do sábio. Como ele poderia ter conseguido transpor as barreiras dos deuses? Perguntaram então ao sábio como ele fez, ele respondeu:

- Vamos até o local ver onde estão esses limites maléficos.

Ninguém quis ir, a não ser um jovem de 14 anos, muito corajoso, que acompanhou o sábio.

Eles foram até o local e não havia qualquer barreira invisível.

Assim que retornaram, o jovem disse que todos poderiam ir ao local sem nenhum problema, pois a barreira invisível nada mais era do que um mito criado no passado, e que não possuía qualquer fundamento no real.

Todos foram até os supostos limites, e não puderam encontrar qualquer sinal de barreira invisível que há tanto os atormentava. O sábio então dirigiu-se a todos e disse:

- Que isso sirva de lição a todos. A maior barreira que existe é aquela que não enxergamos e que cultivamos em nossas mentes. E para se libertar desses limites, é necessário ir até eles e transpassa-los.




Autor: Hugo Lapa

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